Síndrome do Túnel do Carpo

A síndrome do Túnel do Carpo é causada pela compressão do nervo mediano, que passa por um canal estreito no punho e causa dores e formigamento.

A chamada síndrome do túnel do carpo (STC) é o que se chama de neuropatia periférica, e é uma condição bastante comum.

Pessoas com essa síndrome podem sentir dor, dormência e fraqueza geral na mão e no pulso.

Na maioria dos Utentes, a síndrome do túnel do carpo piora com o tempo, portanto, o diagnóstico e o tratamento precoces são importantes. No início, os sintomas muitas vezes podem ser aliviados com medidas simples, como usar uma tala no punho ou evitar certas atividades.

 

SINTOMAS

Nas mãos, dores, formigamento e sensação de choque são os mais comuns. Mas, se o problema não for tratado adequadamente, pode levar a outras complicações. Com o tempo, a síndrome do túnel do carpo dificulta os movimentos, limitando o uso das mãos causando atrofia.

 

FATORES DE RISCO

A síndrome do túnel do carpo é uma condição razoavelmente comum, acometendo cerca de 1 a 5% da população. A doença é mais comum em mulheres, principalmente nas obesas.

Conhecemos vários fatores de risco para a síndrome, porém em muitos casos não conseguimos identificar a causa exata. Sabemos que trabalhos que requerem movimentos repetitivos, que induzem flexões e/ou extensões prolongadas ou que imponham pressão sobre mãos e punhos, aumentam os riscos de inchaço dos tendões favorecendo o “pinçamento” do nervo mediano.

Ao contrário do que se imagina, trabalhar com computador por várias horas não parece estar associado a um maior risco de desenvolvimento da síndrome do túnel do carpo. Os trabalhos até o momento mostram que o risco para quem usa computador por até 7 horas por dia não é maior do que o da população em geral.

Além da inflamação mecânica causado por movimentos repetidos do punho, uma série de doenças e condições podem aumentar o risco da síndrome do túnel do carpo, mesmo em pessoas que não realizam trabalhos que exijam movimentos constantes dos braços, mãos ou punhos.

Os principais fatores de risco para síndrome do túnel do carpo são:

      • Obesidade
      • Gravidez
      • Diabetes
      • Artrite reumatoide
      • Fratura do punho.
      • Hipotireoidismo
      • Lúpus
      • Predisposição genética.
      • Alcoolismo
      • Fármacos inibidores da aromatase (usada no tratamento do câncer de mama ou ovário).
      • Leucemia
      • Amiloidose
      • Sarcoidose
      • Mieloma múltiplo

Os fatores listados acima aumentam o risco da síndrome do túnel do carpo, mas a doença pode surgir mesmo em quem não tem nenhum desses fatores.

 

 

DIAGNÓSTICO

Dois simples testes ao exame físico ajudam no diagnóstico por desencadearem a dor típica da síndrome do túnel do carpo:
A manobra de Phalen consiste na flexão máxima dos punhos realizadas com o dorso das mãos encostados um no outro como na foto acima.
O teste de Tinel consiste na percussão do nervo mediano na região do túnel do carpo.

 

TRATAMENTO

O fisioterapeuta irá analisar as informações subjetivas do utente, uma vez que cada caso deve ser observado com a sua particularidade. Após, será precedido o exame físico com palpação, onde será feita uma inspeção inicial a partir da observação da postura, da flexibilidade, movimentação e simetria dos membros superiores, além de outros sinais característicos do problema, identificando o problema o fisioterapeuta procede então tratamento mais adequado.

O tratamento fisioterapêutico é muito eficaz nos casos de síndrome do túnel do carpo, reduzindo consideravelmente os sintomas. O profissional de fisioterapia irá tratar as compressões nervosas leves e moderadas por meio de controle inclusive de outras doenças sistêmicas subjacentes.

Inicialmente será preciso a aplicação de órteses de repouso, visando a redução de movimentos extremos da articulação do punho, buscando a diminuição da pressão no interior do túnel carpal, sendo introduzidos os exercícios terapêuticos para controle dos sintomas e medicamentos para dor.

Dentre algumas técnicas que o fisioterapeuta pode utilizar para a melhora do quadro estão:

 

Laserterapia: é um procedimento que tem muita eficácia no tratamento de problemas onde predominam a dor e a incidência de inflamações. O laser de baixa intensidade age na lesão com efeito analgésico, além de proporcionar a redução da inflamação.

Liberação miofascial: essa é outra técnica analgésica que quando utilizada possibilita a liberação dos nervos irritados, agindo também de forma antiinflamatória nos ligamentos e tendões. Esta técnica é uma terapia manual usada como complemento para as diversas terapias aplicadas. Consiste em um tratamento externo e indolor, praticado com instrumentos ou a mão do terapeuta.

Corrente interferencial: corrente de média frequência utilizada por meio da aplicação de eletrodos de superfície no foco do processo álgico, é de grande valia para a diminuição da dor.

Termoterapia por subtração de calor: outra forma eficaz de se promover alívio do quadro álgico é a crioterapia. Seu efeito analgésico é proveniente da combinação da alteração da transmissão neural (que fica diminuída), redução do espasmo muscular (devida à diminuição da atividade do fuso muscular), alteração do fluxo sanguíneo aos músculos e nervos, bem como a liberação de substâncias pelo sistema nervoso central (endorfinas e encefalinas).

Termoterapia por adição de calor: de modo inverso da primeira, esta é aplicada com a adição de calor no tratamento, objetivando diminuir espasmos musculares e promover melhoria da circulação sanguínea local.

Cinesioterapia: aplicada por meio do alongamento da musculatura envolvida nos movimentos da mão, promovendo diminuição do processo inflamatório por meio de aumento do fluxo sanguíneo local, redução da tensão e compressão das estruturas internas do túnel do carpo, o que diminui a parestesia e o quadro álgico, bem como a manutenção do arco de movimento, a qual previne o aparecimento de adesões teciduais.

Exercícios de força muscular e controle motor da região de punho, mão e dedos são de suma importância no tratamento da síndrome.